Com ajuda da Funap, CDP de Jundiaí inaugura brinquedoteca
Projeto é pioneiro, fazendo da unidade jundiaiense a primeira a receber um espaço destinado a filhos e netos de reeducandos
O Centro de Detenção Provisória (CDP) de Jundiaí inaugurou nesta quinta-feira (22) uma brinquedoteca com capacidade mensal de mais de 400 crianças. O espaço, denominado “Formiguinha”, é destinado a filhos e netos dos reeducandos e é o primeiro do tipo em todo o Estado de São Paulo dentro de uma unidade prisional.
O evento contou com a presença do secretário Nilvaldo César Restivo, da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), do diretor-executivo da Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap), Henrique Neto, do diretor do CDP de Jundiaí, Alexandre Apolinário de Oliveira, e do coordenador de unidades prisionais da Região Central, Jean Ulisses Campos Carlucci, além de outras autoridades.
O pioneiro projeto teve investimento inicial de R$ 4,6 mil. O montante é oriundo de multas aplicadas pela Vara da Infância e da Juventude e foi destinado pelo juiz Jefferson Barbin Torelli, que responde pelo juízo competente para julgar adolescentes infratores.
Administradora de inúmeras fábricas dentro do sistema prisional paulista, a Funap foi peça importante na concretização do projeto, doando mobiliário à brinquedoteca. A “Formiguinha” recebeu ainda doações de brinquedos educativos, livros de história infantil, jogos diversos e recursos áudio visuais da Igreja do Nazareno, da Pastoral Carcerária (Diocese de Jundiaí), da Faculdade Anhanguera e do Hospital Universitário de Jundiaí.
“Para nós, da Funap, é sempre uma grande satisfação poder participar de projetos sociais como esse, que humanizam o atendimento das pessoas que vão visitar os reeducandos”, destacou Henrique Neto. O diretor-executivo, que falou aos presentes durante o evento, também ressaltou o alinhamento da Funap com a SAP, responsável pela administração de 173 unidades prisionais do Estado.
CDP
Diretor do CDP de Jundiaí, Alexandre Apolinário disse que a idéia da brinquedoteca partiu da necessidade de se criar um ambiente mais ameno às crianças que vão à unidade para visitar parentes, geralmente pais e avós. “Começamos em 2017, em um espaço aberto, contando história para as crianças. Com o aumento da demanda, decidimos procurar o Poder Judiciário para melhorar o projeto”, explicou o diretor.
Segundo ele, o espaço é destino a meninos e meninas de até 12 anos e recebe uma média de 80 crianças por dia de visita. “Estamos muito satisfeitos pelo pioneirismo e esperamos que o projeto possa ser ampliado para outras unidades prisionais”, finalizou Apolinário.
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